quinta-feira, 28 de julho de 2016

Como ser feliz no amor

Lembra-se da última vez que entrou numa discussão ou numa briga com o seu parceiro? Não foi frustrante? Não foi doloroso? Foi mesmo necessário? O que é que nós podemos fazer para lidar melhor com estas situações sem arruinar os nossos relacionamentos? A relação com o nosso parceiro pode ser um dos aspectos mais recompensadores na nossa vida. Guardamos num lugar especial a pessoa com a qual partilhamos os inúmeros momentos de alegria. Diferenças na personalidade são inevitáveis, e aquilo que faz de nós seres únicos e individuais pode contribuir para o desacordo e conflito durante qualquer relacionamento. Aquilo que nos define enquanto individuo é na grande maioria das vezes o nosso principal obstáculo para um relacionamento saudável.
A gestão de diferentes personalidades, com interesses e gostos diferentes pode ser o alimento da discussão, ou não. Quando as discussões não são entendidas adequadamente, diferenças triviais de opinião podem tornar-se em verdadeiras batalhas, e provavelmente poderá afectar aquilo que levou meses ou anos a construir. Claro que existem formas de estar nas relações que são incompatíveis, podendo ambos beneficiarem da separação. No entanto grande parte das separações são desnecessárias, pois poderiam aprender a gerir a zanga ou a fúria e impedir a construção de um ciclo negativo de discussões. Estas quando acontecem, são causadoras de muita dor e desestabilização emocional. Encarando o parceiro de forma conscienciosa e com um desejo genuíno de entendimento, acredito que se consiga desenvolver a chave para o bem-estar da relação.

MUDANÇA REPENTINA DE ESTADO DE HUMOR

Grande parte das discussões parecem começar sem razão aparente significativa, mais parecendo lutas entre egos. Provavelmente já lhe aconteceu ter um período muito bom com o seu parceiro, tudo corre como imaginado, excelente empatia e compreensão. Mas, como todos sabemos o dia tem 24 horas e muitas coisas sucedem nesse intervalo de tempo, pequenas trocas de ideias que não coincidem, pequenos interesses que diferem, incapacidade de atender às necessidades do outro e assim sucessivamente até que o nosso estado interno se altera, passamos para um estado não colaborativo e aquilo que tínhamos falado, sentido e vivido à momentos atrás, transforma-se no pior dos nossos pesadelos. Inicia-se então uma discussão acérrima entre egos.

A VERDADE

Antes de abordar as formas como se pode ultrapassar a argumentação, desacordos, e lutas numa relação, vamos ponderar o que acontece quando nos encontramos neste estado de desconforto. O que apresento em seguida é aquilo que provavelmente você já viveu quando está num padrão de argumentação.
Fazer a birra de criança: em determinada altura da discussão, um dos dois está calmo, enquanto o outro torna-se numa criança. Essa pessoa torna-se irracional, extremamente emocional e defensiva. Diz coisas das quais se irá arrepender mais tarde. Assim que aquela “criança” pare de se expressar, pouco a pouco irá ficando mais calma, verificando-se depois um fenómeno extraordinário. Os papeis invertem-se e o outro torna-se agora a criança com birra.
  • Atenção, apreciação, reconhecimento – Quando se entra no modo de criança com birra, estamos à procura de atenção, apreciação e reconhecimento. O nosso estado emocional tem a sua raiz na necessidade que temos de procurar reforço para aquilo que é importante para nós.
  • Egoísmo e auto-centramento – quando a nossa birra de criança se expressa, tornamo-nos egoístas e auto-centrados. Não conseguimos entender porque razão o nosso parceiro não percebe o nosso ponto de vista. Quanto mais nos esforçamos, menos o outro consegue estar sensível aquilo que nos está a aborrecer. Neste estado, não conseguimos colocar-nos no ponto de vista do outro, não levamos em consideração os seus sentimentos, e esquecemo-nos que ele também está magoado e sofre com a situação.
  • Mentalidade de vítima – quando estamos neste estado, sentimo-nos como vítimas. A nossa mente foca-se nas evidências que suportam a nossa história de vitimização. A mente é ávida em construir histórias coerentes, e quando nos encontramos num estado de incapacidade, vamos arranjar tudo o que nos for possível para justificar aquilo que estamos a sentir, necessitamos de sentir que existem razões para estarmos a comportarmo-nos daquela maneira. Assim sendo a outra pessoa parece-nos a que não está a ser razoável. Sentimo-nos magoados, e vemos cada vez mais razões para a nossa dor. Pode-se dizer que num determinado grau de inconsciência, passa-se a gostar daquele cenário, pois de certa forma gostamos da dor que sentimos, dado que permite-nos representar na perfeição o papel de vitima. Alimentamos os nosso medos e receios de que a vida é feita de relacionamentos dolorosos e que ninguém nos entende.
  • Certo e errado – superficialmente, a batalha pode definir-se ao conjunto de argumentos que confirma quem está certo. Um dos parceiros acredita ter razão e que o outro está errado. O desacordo, rapidamente transforma-se numa batalha de egos. Tem-se uma forte e urgente necessidade de provar ao outro que estamos certos.
  • Emoções engarrafadas – no papel de criança com birra vai-se expressando os pensamentos auto-centrados que invadem a mente. As emoções engarrafadas na cave da nossa mente são a causa desses pensamentos, que na verdade na grande maioria das vezes não estabelecem qualquer tipo de relação com a situação que se está a desenrolar. Todos transportamos em nós algumas emoções que estão comprimidas, não se manifestando nas situações normais do dia-a-dia, e por este mesmo motivo não temos consciência delas. A não ser nestas situações de máxima tensão.
  • Significado alternativo – temos tendência para pegar em algumas palavras expressas pelo outro, saltando para conclusões, assumindo-se o pior. Encontra-se um significado que nos serve, mas que na verdades não é o verdadeiro significado das palavras transmitidas pelo outro. A pessoa diz a si próprio que este significado é absoluto, e permanente. A verdade é que todos nós em determinada altura portamo-nos de forma irracional, dizemos todo o tipo de coisas que não diríamos se não tivéssemos num estado emocional alterado.
  • Diferenças entre os sexos – os homens são tão emocionais e sensíveis quanto as mulheres. A diferença está na forma como homens e mulheres se expressam, e isto é usualmente mal entendido. Apresento-vos em seguida algumas diferenças. No entanto deverá levar em consideração duas coisas enquanto lê: 1) isto é uma generalização e nem todos as pessoas poderão encaixar-se; 2) quando me refiro às mulheres ou homens, refiro-me às qualidades e tendências femininas ou masculinas e não ao género.
  • Como mulher – as mulheres tendem a esconder os seus pensamentos. Quando estão aborrecidas ou chateadas com alguma coisa, assumem que a outra pessoa consegue ler mentes, e por isso deveria saber exactamente aquilo que estão a pensar sem que fosse necessário verbalizar. Normalmente verbalizam algumas pequenas dicas quando estão nesse estado. Isto é extremamente ingrato e injusto para a outra pessoa, dado que até pode querer ajudar, mas não consegue perceber como, nem entender porque razão a parceira está tão zangada. Na incapacidade do parceiro não perceber as pistas ou dicas, a mulher fica ainda mais zangada e magoada.
  • Como homem – os homens tendem a ser mais verbais, pensando alto. O homem até pode internalizar alguns dos seus sentimentos, mas os seus pensamentos são exteriorizados através da palavra. Porque os homens verbalizam os seus pensamentos, arranjam facilmente problemas com a parceira da sua vida, dado julgarem  que não vão magoar com aquilo que dizem. A sociedade condiciona o homem a ter um ego macho-alfa, que se comporta como se fosse uma parede, defendendo a integridade e a força dos seu carácter. Esta força define os seus pensamentos, mantendo as suas emoções invulneráveis e bem guardadas. O homem é muito mais perspicaz e sensível do que a sociedade o admite. O homem tem a capacidade para perceber quando a sua companheira está infeliz e certamente contribuir para a sua felicidade ou restabelecimento do bem-estar entre ambos. No entanto, a tendência é que a parceira não colabore, pois não transmite as suas razões de forma clara e simples.

AS SOLUÇÕES

É inevitável que os parceiros irão ter na grande maioria das vez opiniões diferentes, todos as pessoas têm dias em que não conseguem gerir da melhor forma as suas emoções. O problema não é a existência de conflitos entre os parceiros, o problema coloca-se na forma como lidam com as situações. Quando os nossos egos se colocam no caminho, as nossas mentes tornam-se turvas entrando-se num sem número de argumentos descabidos. Algumas pessoas usam esses conflitos como uma oportunidades para obter respostas: “ É o meu relacionamento mais forte que o problema?” Usam as situações como uma forma de medir a estabilidade da relação. Não percebendo que a própria questão contribui para o conflito, dado que força ao uso da comparação. Ao invés existe uma forma bem mais efectiva de fazer a questão: “Somos maduros o suficiente para resolver o conflito com consideração, consciência e elegância?”
Apresento em seguida alguns pontos que têm por objectivo contribuir para um relacionamento mais efectivo:
  • 1. Consciencialização – trazer consciência à situação em questão. Torne-se no observador dos seus pensamentos, emoções, necessidades, e ego. Pergunte a si próprio:- O que é que eu quero neste momento?
    - O que eu quero vem do meu coração ou do meu ego?
    - Conseguir o que quero, permite-me ser melhor pessoa?
    - Conseguir o que quero, permite-me trazer felicidade e realização a mim e aos outros significativos?
    - Quais são os aspectos mais significativos na minha vida? Isto encaixa-se nos meus valores?
  • 2. Expresse não suprima – fale livremente e abertamente. Sim, a verdade pode magoar, mas se você assumir a responsabilidade pelas suas palavras e falar de forma respeitosa para o outro, a sinceridade e honestidade expressa na sua mensagem irá sobressair. A outra pessoa irá apreciá-lo profundamente por isso. Esta abordagem irá permitir aliviar a tensão emocional, mas igualmente promover o entendimento mútuo.
  • 3. Reconheça a criança birrenta – ao trazer consciência para a situação, irá ficar mais capacitado para reconhecer quando é que o seu parceiro se encontra no estado de criança com birra. Quando ele está nesse estado, será extremamente benéfico manter-se calmo. Não personalize aquilo que é dito pelo outro enquanto ele estiver naquele estado, ele não queria dizer aquilo e provavelmente mais tarde irá arrepender-se.
  • 4. Como acalmar a criança – o estado de criança com birra, é um estado primário. Em determinadas alturas todos nos tornamos irracionais e excessivos. Sentimo-nos como se fossemos crianças novamente e fazemos birras para obter atenção ou conseguirmos aquilo que desejamos. Com isto em mente, o que é que o outro poderá fazer para nos acalmar quando estamos no estado de criança? Sente-se com o seu parceiro o tempo suficiente para abertamente abordar o assunto acerca do que é que poderia fazer para que ele se sentisse melhor quando está nesse estado. Por exemplo, podem criar um palavra código para dizer ao outro quando ele está prestes a entrar nesse estado. E você que estratégia usa?
  • 5. Padrão de interrupção – quando fazemos algo repetidamente, isso torna-se um hábito. Em vez de iniciar um conjunto de acções em que mais tarde se venha a arrepender, é importante trabalhar no sentido de arranjar qualquer coisa que interrompa definitivamente os comportamentos não desejados. De forma imaginada veja-se na situação desconfortável, pare, agora substitua mentalmente os comportamentos e emoções que desejaria vir a ter na próxima vez que possa sentir que está a perder o controlo. Agora, tente perceber como se sente, provavelmente bem melhor que a última vez que perdeu a calma. Óptimo, agora reforce esse sentimento, e diga a você mesmo que é isso que fará na próxima situação de desacordo com o seu parceiro. Tudo terminará bem melhor.
  • 6. “Olha-me nos olhos” – se você verificar que o seu parceiro está a ficar no estado irracional de criança ou a ficar chateado, peça-lhe para o olhar nos seus olhos, mesmo que seja por breves momentos. Este pequeno exercício de direccionar a atenção para a presença dos dois, pode fazer com que se lembrem quem são, e o quanto gostam um do outro. Para alem disso, transmite uma indicação directa de sinceridade e objectividade.
  • 7. Respire – feche os seus olhos e foque-se na sua respiração. Faça algumas respirações profundas e depois continue a respirar normalmente. Continue a fazer isto pelo menos durante 5 minutos. Depois preste atenção aos seus pulmões e sinta-os a expandirem-se e a contraírem. Sinta a energia que recebe ao respirar. À medida que vai mudando o foco, conseguirá igualmente mudar a seu estado mental e emocional. Para uma abordagem mais aprofundado sobre este assunto leia o artigo: 10 técnicas poderosas de relaxamento
  • 8. Pergunte a si próprio: “ estou a argumentar com o objectivo de ganhar a discussão? – se a resposta for sim, pergunte a si próprio em que é que a vitória desta discussão fará diferença na sua vida daqui a 5 anos, ou para a semana, ou então amanhã? Este exercício coloca a discussão em perspectiva e por vezes pode fazer cair por terra toda a sua postura colocada na situação.
  • 9. Pergunte a si próprio: “O que é que se passa comigo que eu não gosto?” – na maioria da vezes, os argumentos que defendemos são simplesmente extensões de nós mesmos, facto que poderemos não ter consciência até que possamos reflectir mais tarde, depois do erro já ter sido cometido. Quando nos percepcionamos com um forte impulso para criticarmos as outras pessoas, nós estamos na realidade a projectar aquilo que não gostamos em nós e que vemos nos outros. Observando os nossos pensamentos e comportamentos face aos outros, podemos colocar à nossa frente as inseguranças no assunto em questão.
  • 10. Coloque-se na pele do outro – imagine-se a si próprio no papel do outro. Usando o melhor das suas habilidades, tente sentir a dor que o outro está a experienciar. Como é que ele se sente? Como é que é esta nova perspectiva? Durante alguns segundos, finja isso. O “eu” deixa momentaneamente de existir, e agora você é a outra pessoa. Experiencie as suas palavras e sentimentos como se fossem seus. Este simples exercício ajuda-o a desenvolver a compaixão e a levar em consideração o ponto de vista do outro.
  • 11. “Como é que ele me faz sentir.” – quando consegue comunicar os seus pontos de vista, fala sempre de forma a transmitir como é que alguma coisa que aconteceu o fez sentir. Por exemplo, “quando eu não obtenho a tua opinião, isso faz-me sentir que eu não sou importante para ti”. Expressar como é que alguma coisa nos faz sentir, ao invés do que nós pensamos do que é que o outro fez de errado, reduz a necessidade instintiva de se defender. Quando as pessoas não estão num estado defensivo, estão mais receptivas a ouvir e a resolver o assunto.
  • 12. Altere rotinas, refresque-se – vá para uma divisão diferente da casa, para um sitio que não lhe seja comum, tente colocar as coisas em perspectiva. Procure clareza e entendimento acerca dos seus sentimentos e aquilo que quer para si e para a sua relação. Veja se existe alguma coisa diferente que possa fazer e acrescente valor ao seu relacionamento. Reenquadre esta nova e fresca motivação face a uma atitude positiva e construtiva, caminhe nesse sentido e coloque a estratégia em acção.
  • 13. Oiça – Oiça a outra pessoa. Oiça-a realmente. Dê-lhe o respeito que ela merece ser, ou não fosse a pessoa que escolheu para amar. Dê-lhe uma possibilidade de falar e expor a sua questões, opiniões, sentimentos ou ideias sem julgá-la. Renda-se a esse momento de abertura, e concentre-se nele. Ouça o outro com se estivesse a ouvir a si próprio. Ouça o outro da mesma forma como gostaria que o ouvissem a si.
  • 14. Perdoe e aceite – relembre-se que no nosso intimo a tendência é para que sejamos “boas” pessoas. Todos nascemos inocentes, amorosos, amigáveis e generosos. Tente ver isso nos outros, tal como deverá procurar isso em si. Todos temos em nós potencial para as boas acções. Somos seres gregários, gostamos de viver em grupo, necessitamos e tiramos prazer de estabelecer contacto e laços fortes com ou outros que nos são significativos.
  • 15. Desculpe e explique – diga, desculpa, e mostre que é isso que pretende, explicando porque razão pede desculpa. Não se intimide ou deixe que o seu orgulho se intrometa. A vida encarrega-se de nos mostrar que é curta, por isso tente fazer as coisas correctas, ao invés das coisas correctas para o seu ego. Claro que nós somos a nossa prioridade, mas as coisas que vivemos só fazem sentido, se lhes atribuirmos um propósito que normalmente passa pelo relacionamento que temos com as coisas ou com as pessoas.
  • 16. Renuncie à defensiva – renuncie à necessidade de se colocar na defensiva quando existe um discussão. Esteja atento quando o outro expressa os seus sentimentos. Não trate aquilo que o outro expressa usando a critica, ouça com aceitação e com um desejo genuíno de amor ao outro. Esta não é uma luta pelo poder é uma conversa. A expressão dos sentimentos e das necessidades do seu parceiro nada tem a ver consigo.
  • 17. Foque-se no que o outro fez bem – quando estamos chateados com o nosso parceiro, tendemos a focar-nos naquilo que fez de errado ou que não gostamos que faça ou diga. Lembre-se: aquilo no qual nos focamos expande-se. E esta capacidade torna-se uma desvantagem, dado que amplifica as coisas negativas nas quais nos focamos. Isto transforma-se em mais negatividade e aborrecimento. Foque-se naquilo que o outro fez de correcto. Foque-se naquilo que gosta nele. Foque-se nas características pelas quais se orgulhou e fez com se apaixona-se, e que consequentemente faz dele um ser único e extraordinário.
  • 18. Pare de apontar o dedo – colocar a culpa no outro matem a luta viva. É uma progressão natural culpar os outros ou as situações pela nossa infelicidade e desconforto. Na verdade as Coisas que poderemos ter controlo são os nossos pensamentos, acções e reacções às situações de vida. Poderemos nós culpabilizar os outros pela nossa infelicidade? Não será mais assertivo e realista colocar-se numa situação de fazer algo proactivo no sentido de direccionar os seus pensamentos e percepcionar-se com capacidade de resolução face á situação desencadeada. “não podemos controlar o vento, mas podemos direccionar a vela”. Isto é verdadeiro e capacitante. Coloca assim a vida nas suas próprias mãos, direccionando-a para o caminho que pretende percorrer.
  • 19. Gratidão – a capacidade que todos temos para colocar a nossa vida em perspectiva é uma bênção. Mudando o nosso foco, mudamos também o nosso estado de ser, permitindo desta forma afastarmo-nos de más sensações e estados incapacitantes. Faça uma lista das coisas pelas quais se sente agradecido, feche os seus olhos e agradeça todas as funcionalidades existente no seu corpo, principalmente a capacidade que todos temos para gerar pensamentos e assim podermos construir soluções que nos servem. Podemos através desta capacidade extraordinária apreciar o que a vida tem de melhor.
  • 20. Construir um forte senso de valor – as inseguranças que se expressam nos relacionamentos, são o resultado das inseguranças que transportamos em nós próprios. Devemos propor-nos ao exercício de gostarmos de nós antes de nos propormos a amar os outros. Dedique algum tempo a construir uma relação forte consigo mesmo, neste processo tem a oportunidade de se deparar com as suas inseguranças e lentamente desintegrá-las, aproximando-se de si e apreciando-se pelo que é. Passe algum tempo de qualidade consigo próprio e encontre-se. O que é que gosta de fazer que gostaria de fazer mais?

Tudo o que você precisa saber sobre maquiagem

Tudo O Que Você Precisa Saber Sobre Maquiagem


Ninguém duvida que a maquiagem ressalta a beleza da mulher. Hoje em dia, ela não é mais algo dispensável, mas sim tornou-se necessária. Seja para o dia a dia, seja para uma ocasião especial, a maquiagem ajuda a deixar a primeira impressão e também a alimentar o lado vaidoso que toda mulher tem.
Por isso, a ideia da maquiagem não é apenas mostrar o que a mulher tem de bonita, mas também corrigir os pequenos defeitos, como as manchas, olheiras e espinhas que aparecem no rosto. Além disso, existem vários tipos de maquiagem, que ficam melhor dependendo da ocasião e da pessoa.

Ocasião

Toda mulher sabe que a maquiagem para a noite é mais carregada, mais over, enquanto que o make para o dia a dia é mais leve e suave, dando a impressão de naturalidade. No entanto, ainda há mulheres que acabam errando na dose de maquiagem de acordo com o evento ao qual vai participar. Então, seguem algumas dicas:
  • – Para ir à escola, à faculdade ou ao trabalho, a maquiagem é permitida, mas tem maior efeito de correção. Assim, deve-se passar o corretivo nas olheiras e pequenas imperfeições. Além disso, uma sombra clara, como a bege, cai muito bem na pálpebra, com o côncavo como sendo limite. Rímel ou máscara para cílios e um blush rosado, em tom coral, ajudam a completar o look. Na boca, um batom nude, um gloss claro ou um hidratante labial fazem a diferença.
  • – Para um evento noturno, como uma balada, o objetivo é não só apagar as imperfeições, mas deixar a mulher estonteante. Assim, uma sombra no côncavo dos olhos, misturada com sombra mais clara para iluminar o olhar, acrescentando com um lápis de olho no contorno, um blush e um gloss deixam o visual perfeito.

Tom de Pele

A maquiagem também leva em consideração o tom de pele da pessoa. A mulher que estiver bronzeada pode passar um corretivo na mesma cor da pele, pó em tom bronze, um blush em cor alaranjada, uma sombra marrom esfumada e um gloss deixam o visual lindo e elegante.

Pele Branca

Já as mulheres de pele branca devem optar por uma maquiagem mais discreta, porque realmente não fica legal cores muito pesadas. Para sombras e batons ou gloss, este tom de pele fica ótimo com alaranjado, rosa, vermelho, lilás ou amarelo. Já para contornar os olhos, o melhor é optar por um lápis em cor azul ou preta, enquanto que o blush deve ser em tom rosado ou pêssego.
Então fique atenta as super dicas de maquiagem para pele clara no vídeo abaixo.

Pele Morena

Peles morenas, por sua vez, ficam bem com cores mais escuras, como vinho, marrom e dourado. Nos lábios, é preferível optar por tons mais escuros, porque cores muito claras não ficam legais. Para contornar os olhos, é ótimo usar um lápis preto e um tom dourado ou avermelhado como blush.

Pele Escura

Mulheres negras devem usar sombra sem brilho e lápis e delineador em cor preta para destacar os olhos. O blush pode ser na cor dourado ou vinho, enquanto que o batom pode ter os tons berinjela, cobre ou uva.

Orientais

Por último, as mulheres orientais devem optar pelos azuis escuros, marrons cintilantes, rosas envelhecidos, bordôs, ameixas, marrons acinzentados, verde-esmeraldas ou roxos. Estas cores devem ser usadas na sombra. Os lábios devem contar com a coloração rosa queimado, rosa aberto, marrom rosado, cereja, lilás, vinho ou ameixa. Os tons pastéis e de bege não ficam bem e precisam ser evitados.

Tudo o que você precisa saber sobre o parto


PARTO

Existem dois tipos de parto: o parto cirúrgico (a cesárea/cesariana) e o parto vaginal (ou natural).
Os partos vaginais podem ser diferenciados em: partos vaginais cirúrgicos – que acontecem normalmente em hospitais com intervenções médicas como anestesia, aplicação de ocitocina (hormônio sintético que induz as contrações uterinas), episiotomia (corte vaginal) etc.; e partos vaginais naturais – apenas com intervenções extremamente necessárias.
O parto normal pode ser realizado em posições variadas, como deitada, de cócoras ou utilizando uma cadeira de parto. Há também a possibilidade de ser realizado na água, em uma banheira apropriada.
Quanto aos locais, em maternidades há mais recursos de assistência para a mãe e o recém-nascido, mas há quem opte por ter o bebê em casas de parto ou no próprio domicílio.
Nem sempre o parto normal é possível. Nesses casos, a cesariana é uma cirurgia decisiva para garantir a segurança da mãe e do bebê. A operação consiste em um corte na parede abdominal e no útero. O bebê é retirado através desta abertura, que é fechada com pontos. A cesárea é uma cirurgia e, por isso, a recuperação da mãe é mais lenta que a do parto normal, mas atualmente é considerado um procedimento bastante seguro.
No entanto, o melhor tipo de parto é aquele em que tanto a mãe quanto o bebê são submetidos às melhores condições possíveis. Por isso, o pré-natal é importante, pois fornece informações essenciais para ajudar o médico a decidir junto com o casal a opção de parto mais adequada para aquela gestante em particular e seu bebê.

Tratamentos e cuidados

No parto cirúrgico e normal podem ser utilizados anestésicos para amenizar a dor durante o procedimento. A anestesia dependerá do tipo de parto e da indicação médica.
As anestesias mais utilizadas são: local, peridural e raquidiana. A local é aplicada diretamente na região genital e indicada para o período expulsivo do trabalho de parto, quando o bebê está nascendo. Tendência atual, a peridural é uma associação de anestésicos que possibilitam não sentir quase nenhuma dor e um mínimo de efeito nas fibras nervosas motoras, mas que pode requerer a colocação de um cateter para aplicação continua.
Com a raquidiana, a paciente participa ativamente do trabalho de parto, especialmente durante o período expulsivo. Esse tipo de anestesia proporciona rapidez e simplicidade na aplicação, que é única, de efeito mais rápido e mais potente.
Em geral, para o parto normal, é administrada a anestesia local ou a raqui/peridural contínua e baixa, utilizando-se uma pequena dose de anestésico. Para a cesariana, pode ser utilizada a raquidiana ou a peridural.
A indicação vai depender de fatores como o estágio do trabalho de parto, o quadro clínico e a tolerância da paciente à dor.

Convivendo

Para decidir qual é o melhor tipo de parto, a mulher deve conversar com o obstetra e expor seus medos e desejos em relação ao grande momento. O parto deve ser escolhido baseado principalmente na saúde da grávida.
Confira abaixo algumas dúvidas sobre os tipos de partos e qual pode ser o melhor para você e o bebê.
As informações foram transmitidas pelo obstetra e especialista em reprodução humana, Renato Kalil.
Quais as vantagens e desvantagens do parto normal?
Renato Kalil: A vantagem é a que o nome já diz: o parto é normal, a criança nasce por via normal, sem ninguém interferir. No parto normal, em três dias a mulher já está “nova”. A compressão que o tórax da criança sofre ao passar pelo canal de parto ajuda a eliminar o líquido amniótico. A ligação mãe e filho é maior, porque o trabalho dela é ativo, participando do nascimento. Além disso, de acordo com o Ministério da Saúde, apenas 3% das crianças nascidas dessa forma passam pela UTI neonatal por conta de desconforto respiratório transitório. A desvantagem é que, se o trabalho for muito longo, a criança pode nascer cansada, com a escala de Apgar – que é a “nota” do nascimento – muito baixa. Já para a mãe, o ponto negativo é que ele pode levar à ruptura de períneo e piorar o quadro hemorroidário.
Quais as vantagens e desvantagens da cesariana?
Kalil: A cesárea é uma cirurgia e, como tal, tem indicações para ser realizada. A vantagem é que, por isso mesmo, é um procedimento rápido e com hora marcada. Na intercorrência de parto normal, é a melhor indicação. Na cesárea, em 15 dias se tem uma recuperação boa. Em 30 a 40 dias, os tecidos estarão cicatrizados e a mulher está liberada para fazer as atividades cotidianas. Mas a cicatrização completa ocorre apenas em seis meses. As contrapartidas são os riscos inerentes a uma cirurgia: abertura da cicatriz, infecção e hemorragia. Além disso, a chance de gravidez ectópica – aquela em que o embrião é fixado na tuba uterina – no futuro é maior.
Como saber qual é o melhor parto para a gestante?
Kalil: Se a mulher tem hipertensão, problemas ósseos na pélvis ou nos rins, a cesárea aparece como a melhor opção. De qualquer forma, o ideal é que, mesmo nesse caso, ela entre em trabalho de parto, com dilatação e contração. Se a grávida tem pré-eclâmpsia ou está com a pressão alta fora de controle, primeiro o médico compensa a patologia e só depois faz o parto. A menos que haja sofrimento fetal, é feito o parto pela via mais rápida. Se o médico precisa acelerar o parto por conta de qualquer problema e já há dilatação, a equipe faz o parto normal. Se não, realiza a cesariana.
A mulher tem de fazer algum exame antes para decidir qual será o tipo de parto?
Kalil: Ela deve fazer um exame ginecológico, para avaliar o colo uterino. Ou seja, se o colo está grosso ou se já está se preparando para o nascimento do bebê. Os exames vão avaliar também a posição da criança: se ela está alta, encaixada, sentada ou transversa, e também se existe desproporção cefalo-pélvica, ou seja, se a cabeça dela é muito grande para passar pela pélvis da mãe. Agora, tudo isso tem de ser feito levando em conta também o período da gestação. É preciso esperar 40 semanas. Até lá, a posição do bebê pode mudar. E mesmo um pouco depois disso. Por essa razão, é importante analisar as condições fetais enquanto se espera para fazer o parto.